"A POLÍTICA OFICIAL DO GOVERNO DOS EUA SERÁ QUE EXISTAM APENAS DOIS GÊNEROS, MASCULINO E FEMININO” DIZ TRUMP ALIADO À DISCURSO CONTRA DIVERSIDADE E BASEADO NO MÉRITO

O presidente eleito dos EUA, prometeu neste domingo, 19, véspera de sua posse, acabar com políticas de diversidade, igualdade e inclusão nas contratações do governo

por Andrezza Marques

Em um discurso marcado por promessas de mudanças radicais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sua intenção de encerrar os programas de diversidade, equidade e inclusão. Recém-empossado nesta segunda-feira, (20) para seu segundo mandato, Trump reiterou sua visão de forjar uma sociedade "daltônica e baseada no mérito", sinalizando o fim de políticas que considera interferências na liberdade individual e meritocracia.

Trump se alinha à discurso intolerante, neo-fascista  e de extrema direita, também apoiado por outros homens brancos e bilionários graças ao imperialismo predatório, como Mark Zuckerberg e Elon Musk - que inclusive subiu ao palco do comício pré-posse que aconteceu no último domingo, (19). “Esta vitória é só o começo. O que importa é ir frente para fazer efetivamente mudanças significativas”, afirmou o empresário, gaguejando.

Em uma declaração contundente, Trump afirmou que “a partir de hoje, será a política oficial do governo dos Estados Unidos que existam apenas dois gêneros, masculino e feminino”. Essa posição marca uma clara ruptura com iniciativas anteriores destinadas a promover a igualdade de gênero e diversidade nas instituições públicas e privadas.

No comício que antecedeu sua posse, Trump reafirmou sua postura ao criticar o que chamou de "engenharia social de raça e gênero", prometendo implementar um sistema de contratações baseado exclusivamente no mérito. O presidente também anunciou a criação de um Departamento de Eficiência Governamental, que será liderado pelo bilionário Elon Musk, evidenciando sua confiança em soluções empresariais para problemas governamentais.

Essas ações estão alinhadas a um discurso mais amplo de Trump sobre a reestruturação do governo para refletir valores conservadores. O cientista político Márcio Coimbra, da Mackenzie Brasília, sugere que a reeleição de Trump fortalece a agenda ideológica de líderes como Jair Bolsonaro, criando um alinhamento nas políticas econômicas e sociais entre os dois países.

Especialistas avaliam que a reeleição de Trump pode significar uma baixa prioridade para temas de direitos humanos e meio ambiente, refletindo a tendência de ambos os governos em focar em políticas que valorizam a eficiência e a competitividade em detrimento da diversidade e sustentabilidade.

Fontes: Infomoney e CNN