JARDIM EUROPA: DOIS ANOS DE PROMESSAS VAZIAS E DESCASO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM REGULARIZAÇÃO DE TERRENOS
Situação se arrasta desde 2023 com promessas não cumpridas e falta de ação efetiva da prefeita Suéllen Rosim (PSD), em janeiro de 2025 moradores podem ser despejados sem suporte algum para habitação digna
As famílias moradoras do Jardim Europa, em Bauru, enfrentam uma crise por habitação digna que só se agrava diante do descaso da atual administração municipal de Suellén Rosim (PSD). A prefeita, embora tenha recebido técnicos da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) ainda em maio de 2023 para discutir a regularização fundiária da área, tem se mostrado incapaz de oferecer soluções concretas para as famílias que ali residem. O projeto de legalizar a área e viabilizar a construção de casas, prometido pela prefeitura, ainda não saiu do papel, deixando os moradores em uma situação de vulnerabilidade extrema.
A proposta, que incluiria a utilização do Programa Minha Casa Minha Vida para a construção das moradias, parece até agora mais uma promessa vazia do governo Suéllen Rosim. Durante as reuniões com os técnicos Ulisses Terra e Eric Nitsch Mazzo, do SPU, houve poucas evidências de progresso real e as conversas, que deveriam trazer esperança e soluções, se arrastaram sem resultados palpáveis, deixando as famílias sem suporte até janeiro deste ano, 2025, em que a desapropriação vêm se tornando realidade.
Tal situação foi evidenciada no último sábado (04/01), quando uma visita do portal Vibe 360 à comunidade revelou o cenário de destruição e desamparo. "Não sei o que fazer. Estamos esquecidos aqui", lamentou Dona Cleuza idosa moradora do Jardim Europa há 40 anos, sentada em frente à sua casa, chorando por não ter como providenciar aluguel social ou um novo lar. Este é apenas um dos muitos relatos que ilustram o sofrimento das famílias diante da falta de informações e organização por parte da prefeitura.
Outro morador, José Carlos Santos, expressou sua indignação: "Estamos aqui há décadas, e agora querem nos tirar sem nos dar uma alternativa digna. É um desrespeito com nossa história e com nossas vidas". As palavras de José Carlos ecoam a revolta e o desespero de muitos outros que enfrentam a mesma situação.
A crise do Jardim Europa não é recente. Em 2012, o Ministério Público Federal entrou com uma ação na Justiça pedindo a regularização da área. A região, que pertencia à antiga Fepasa, foi ocupada por várias famílias ao longo dos anos, e até hoje aguarda soluções definitivas.
A demora e a falta de ação efetiva da gestão Suéllen Rosim, desde 2022, ano em que a prefeita assume o primeiro mandato, expõem um governo que não prioriza os trabalhadores e as periferias de Bauru. A promessa de “dignidade e melhores condições de vida” feita pela prefeita parece cada vez mais distante para as famílias do Jardim Europa, que seguem lutando por seus direitos em meio à negligência do poder público.
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