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AUMENTO DE 10,5% NA TARIFA DO DAE EM BAURU GERA INDIGNAÇÃO

Reajuste considera inflação e impacto da tarifa social, mas população questiona qualidade dos serviços prestados; sendo um caminho óbvio para a proposta de privatização do serviço que a gestão Suéllen Rosim pretende, mesmo tentando negar

AUMENTO DE 10,5% NA TARIFA DO DAE EM BAURU GERA INDIGNAÇÃO
AUMENTO DE 10,5% NA TARIFA DO DAE EM BAURU GERA INDIGNAÇÃO (Foto: Reprodução)

A partir da última terça-feira (7 de janeiro), a tarifa de água e esgoto em Bauru fica 10,5% mais cara, conforme decreto assinado pela prefeita Suéllen Rosim e publicado no Diário Oficial do Município. O aumento é justificado pela recomposição da inflação acumulada de dezembro de 2023 a novembro de 2024, de 4,7%, e pelo impacto da nova tarifa social, que representa 5,8% da receita do Departamento de Água e Esgoto (DAE).

De acordo com o DAE, a mudança é necessária para manter a capacidade de custeio e investimentos da autarquia. A tarifa social, agora aplicável a cerca de 30 mil residências, prevê um desconto de 50% nos primeiros 15 metros cúbicos de água consumidos pelos usuários do Cadastro Único, resultando em uma perda de arrecadação de R$ 8 milhões.

Contudo, o reajuste não foi bem recebido pela população. Muitos moradores apontam problemas frequentes no fornecimento de água e questionam a qualidade dos serviços oferecidos. “A gente já sofre com falta de água quase todo mês, agora vem mais esse aumento. É um absurdo!”, declarou Mariana Alves, residente do bairro Vila São Paulo. A insatisfação também se reflete em outras áreas da cidade. "Eles não resolvem o problema de falta de água e ainda querem cobrar mais da gente? Não dá para aceitar isso", criticou José Roberto, morador do Jardim Bela Vista, ambos moradores deram entrevistas a emissoras da cidade. 


Além disso, o aumento da tarifa reacendeu debates sobre a privatização do DAE, tema que tem sido amplamente discutido. Apesar de a prefeita Suéllen Rosim afirmar que não pretende privatizar o serviço, muitos acreditam que o processo de sucateamento e os sucessivos aumentos indicam o contrário. A concessão da autarquia à iniciativa privada já seria um passo nessa direção, segundo críticos.

Essa situação levanta dúvidas sobre o futuro do serviço e a gestão dos recursos públicos. Enquanto o DAE e a prefeitura defendem o reajuste como uma medida para equilibrar as finanças, a população de Bauru se vê diante de um cenário onde a qualidade do serviço não acompanha o aumento das tarifas.

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